Equipamentos de proteção individual (EPIs)
O que são equipamentos de proteção individual (EPIs)?
Equipamentos de proteção individual (EPIs) são dispositivos em que a sua utilização protege contra possíveis ris
cos e ameaças à saúde e segurança durante o exercício de uma determinada atividade.
De acordo com o decreto de lei n.º 348/93, de 1 de outubro EPI é “todo o equipamento, bem como qualquer complemento ou acessório, destinado a ser utilizado pelo trabalhador para se proteger dos riscos para a sua segurança e para a sua saúde”.
A utilização dos EPIs têm como objetivo proteger o utilizador, bem como, outras pessoas que estiverem em contacto direto com o utilizador. O uso deste tipo de equipamentos só deverá ser contemplado quando não for possível tomar medidas que permitam eliminar os riscos de contaminação.
Quais são os principais grupos de EPI
- Proteção da cabeça;
- Proteção facial;
- Proteção de corpo;
- Proteção de braços e mãos;
- Proteção de pernas e pés.
1. Proteção de cabeça
Toucas
- Deve ser usada justa à cabeça de modo a cobrir todo o cabelo e orelhas
- É geralmente utilizada para proteção em procedimentos potencialmente geradores de grande quantidade de aerossóis e salpicos de fluídos orgânicos.
Balaclava
- Protege a região do crânio, pescoço e região superior do tronco de agentes contaminantes.
- São impermeáveis.
2. Proteção Facial
Óculos de Proteção
- O uso de óculos de proteção é feito em procedimentos onde existe o risco contaminação por projeção de salpicos de fluídos orgânicos para a zona ocular e sempre em procedimentos geradores de aerossóis.
- Para a proteção da zona ocular devem ser usados óculos de proteção. Os óculos de proteção devem cobrir a parte lateral da zona ocular.
Viseiras de proteção facial
- A viseira de proteção facial é normalmente usada com o objetivo de criar uma barreira física que impeça o contacto de aerossóis e salpicos de fluido orgânico com a face.
Máscaras
- A máscara deve ser ajustada de modo a cobrir a totalidade do nariz, boca e queixo.
- A máscara não deve ser tocada durante sua utilização.
- Devem ser retiradas logo quando não necessárias.(Não colocar ao redor do pescoço).
- A remoção de ser feita tocando unicamente a partir das fitas de elástico.
Máscaras de papel
- São as máscaras mais fáceis de respirar.
- Cria uma barreira física entre o agente transmissor e o utilizador, no entanto não tem filtros.
- Não oferecem proteção contra fluídos ou pequenas partículas.
- Cria uma barreira física a grandes partículas.
Máscaras cirúrgicas
- Máscaras faciais cirúrgicas descartáveis são fácies de respirar.
- Têm um suporte para o nariz integrado( têm clipe ajustável ao nariz).
- Oferecem proteção contra fluídos e partículas grandes.
- Não oferecem proteção contra pequenas partículas.
Máscaras KN95 FFP2
- São mais difíceis de respirar em relação às anteriormente referidas.
- Podem ser descartáveis ou reutilizáveis (varia de acordo com o fabricante).
- Protegem de partículas de grandes dimensões e fluídos.
- Têm um filtro que confere 95% de proteção contra partículas de pequenas dimensões.
3. Proteção Corporal
Aventais, batas e fatos de proteção
- Devem ser usadas em situações que envolvam contacto direto, com pessoas, que possa resultar em contaminação por fluídos ou salpicos de material orgânico ou aerossóis.
- Quando o risco de exposição a agentes contaminantes é menor deverá ser utilizada avental para evitar a contaminação da roupa. Todavia, se o risco for maior deverá usar bata, ou ainda, utilizar fato de proteção se o risco de exposição aumentar.
4. Proteção de mãos e braços
Manguitos
- Cobrem o antebraço, são impermeáveis e são utilizadas para proteção em procedimentos onde existe o risco de contaminação por contacto com fluídos ou materiais orgânicos.
Luvas descartáveis
Devem ser utilizadas por três motivos:
- Como método barreira para prevenir a contaminação das mãos ao realizar procedimentos que resultem no contacto com sangue, secreções, excreções, mucosas e outro fluídos orgânicos.
- Como método barreira para prevenir que o microrganismo presente nas mãos da pessoa seja transmitido a outros doentes quando se executam procedimentos invasivos ou cuidados que tocam nas muscosas ou pele não íntegra;
- Como método barreira para prevenir que as mãos dos profissionais de saúde contaminadas transmitam esses microrganismos a outros doentes.
Podem ser compostas por:
Late x
- As luvas de latex são produzidas a partir de borracha natural. O latex é um material muito adaptável que confere às luvas a sua elasticidade e suavidade. No entanto como é um produto natural algumas pessoas poderão ser alérgicas ao latex.
V inil
- As luvas de vinil sintético são constituídas por resinas sintéticas de cloreto de polivinil, não sendo feitas com borracha natural como o latex, são ideais para evitar problemas alérgicos. No entanto, estas são menos resistentes a perfurações do que o latex.
Nitrilo
- As luvas de Nitrilo são fabricadas com polímeros sintéticos, o que confere às luvas maior resistência à punção do que a luvas de latex. São constituídas por material sintético, sendo como as luvas de vinil indicadas para pessoas que são alérgicas à borracha natural como o latex.
Luvas de palhaço (Luvas de Polietileno)
- São utilizadas em procedimentos de manuseamento e limpeza que requerem destreza.
- São as menos utilizadas na área da saúde geralmente, usados em indústria ligeira, mecânica.
- Protegem as mãos de materiais abrasivos.
Todas estas luvas podem ser com pó ou sem pó:
- Os pós das luvas têm na sua composição amido de milho, o pó tem o propósito de facilitar a colocação das luvas, mas em certos indivíduos podem causar alergia.
- O pó, não afeta qualquer funcionalidade, durabilidade ou resistência da luva.
5. Proteção de pernas e pés
Calçado Profissional
- O calçado dever ser antiderrapante, limpo e deve apoiar e cobrir todo o pé a fim de evitar a contaminação com sangue e outros fluídos orgânicos ou lesão com material corto-perfurante.
Protetor de calçado
- O uso de protetores de calçado ou cobre sapatos é indicado quando o processo de colocação e remoção não resulte na contaminação das mãos, além disto o uso de protetores de calçado poderá levar à dispersão desnecessária de partículas.
Factos a considerar:
Um equipamento de proteção individual pode ser constituído por vários meios ou dispositivos associados de forma a proteger o seu utilizador contra um ou vários riscos simultâneos.
A seleção de EPIs deve ser baseada numa avaliação do risco de transmissão dos microrganismos (de e para o utilizador) e o risco de contaminação da pele, mucosas ou da roupa com fluídos orgânicos.
- Os EPIs em regra geral, são de uso único a não ser que o fabricante indique o contrário.
- Os EPIs devem ser removidos de forma a que não sejam uma fonte de contaminação.
- Após remoção deverá ser descartado.
- Após a remoção de qualquer EPI as mãos devem ser higienizadas.
- A utilização de EPIs não impede a utilização de regras básicas de segurança e higienização.
Bibliografia:
https://www.apsei.org.pt/areas-de-atuacao/seguranca-no-trabalho/equipamentos-de-protecao-individual/
https://www1.ipq.pt/PT/Normalizacao/FerramentasPME/Documents/Guia_EPI_Web.pdf
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