Lesão do nervo radial

Nervo radial

O nervo radial origina-se no tronco posterior do plexo braquial, sendo composto por fibras nervosas das raízes de C5 a T1. É responsável pela inervação muscular do tricípite braquial e de todos os músculos extensores e supinadores do antebraço e inervação sensitiva.

Responsável pela sensibilidade posterior do braço, antebraço, dorso lateral de mão e quatro primeiros dedos.

Teste do nervo radial

Deve-se solicitar ao paciente para realizar extensão do punho e dedos, opondo-se à resistência, haverá paralisia ou fraqueza dos extensores. Paralisia completa do nervo radial resulta na “mão caída”. As lesões mais frequentes ocorrem por traumatismo do nervo na diáfise do úmero por fratura.

Sintomas

Variam de acordo com a região onde ocorre a lesão.

Lesões ocorridas na axila

“Paralisia da Muleta” causada pela pressão excessiva na axila devido ao uso inadequado de muletas. Manifesta-se geralmente como neuropraxia.

• Existe a perda muscular a qual afeta o tricípite e extensores do punho e dedos 
• Perda de movimento, resultando na paralisia de todos os músculos inervados
• Existe fraqueza da extensão e flexão do antebraço – tricípites e braquiorradial
• Queda do pulso e incapacidade de preensão (paralisia dos extensores do punho e dedos)
• Fraqueza dos músculos abdutor longo do polegar e extensor
• Pode ocorrer também a perda sensorial no dorso da mão e antebraço

Lesão no sulco do nervo radial do úmero

Etiologicamente existe fratura da diáfise do úmero – conhecida pela paralisia do sábado à noite.

Os músculos afetados são os extensores do pulso e dedos, mas o tricípite encontra-se intacto, devido ao seu trajeto descendente pelo braço. O nervo radial emite ramos para os músculos braquiorradiais e extensor radial longo do carpo antes de passar pelo sulco do nervo radial.

• Existe perda de movimento da articulação metacarpo falângica daí a “queda” do pulso.

Lesão no antebraço

Ocorre normalmente por acidentes cirúrgicos, trauma, fratura/luxação da cabeça do radio.

• Os músculos afetados são os extensores do pulso e dedos, sendo poupado o extensor radial do carpo.
• Existe a perda de movimento pela fraqueza dos extensores da articulação metacarpo falângica. 
• Não existe a queda da mão pela preservação do extensor radial do carpo da mesma maneira que apreensão também é preservada. 
• A nível sensorial não existe a sua perda pois o ramo superficial esta intacto.

Síndrome do Túnel Radial

Os sintomas do Síndrome do Túnel Radial (STR) podem estar encobertos pela epicondilite lateral.

• Podem estar inerentes ao STR a dor profunda e difusa no lado lateral do cotovelo, no lado dorsal do antebraço que pode irradiar para a mão e dor agudizada quando o túnel radial é palpado.
• Suspeitas fortes do STR é a resistência à supinação; flexão do cotovelo com o antebraço em supinação e punho em posição neutra; pronação passiva com punho em flexão completa.

Quadro Clínico

Dor continua na musculatura extensora e supinadora no antebraço proximal. Quando o ramo superficial se encontra afetado há disestesias (perturbação da sensibilidade táctil) que se irradiam para a superfície radial dorsal do antebraço e mão.

Dor na região lateral e posterior do terço proximal do antebraço, paresia do punho (principalmente do extensor ulnar do carpo), dedos (extensor comum dos dedos) e polegar (extensor longo do polegar).

Tratamento

• Sintomáticos: analgésicos, complexo vitamínicos.
• Repouso, modificação das atividades, mantendo o antebraço o mais supinador possível e alongamentos dos flexores do antebraço e pronador redondo.
• Tala: Para diminuir a pressão no nervo, a pessoa deve utilizar uma tala no pulso e/ou cotovelo e evitar girar o pulso e dobrar o braço na região do cotovelo

Se o pulso ficar enfraquecido e com tendência a cair (queda do pulso) ou se os sintomas não forem aliviados após três meses de tratamento não cirúrgico, a cirurgia pode ser necessária para aliviar a pressão do nervo.

Exercícios de alongamentos para ajudar a atenuar a lesão do nervo radial